quinta-feira, 14 de abril de 2016

Me encanta em ti, as palavras que não disseram tua boca, os versos que não cantaram a tua voz.
Me encanta em ti, os aromas que traz em seus olhos, a força sublime que diz teu olhar,
teus pensamentos distantes, perdidos, que se encontram com os meus.
Me encanta em ti, quando me miras, e me tocas com o silencio teu.
E quando tudo ainda era antes, me encantava os beijos que eu não tinha,
e que agora são os meus beijos também.
Os encontros desencontrados com o teu destino, teu sorriso que adoçaram as noites de chuva, paredes e suspiros nos passos da vida.
Me encanta em ti, os momentos vividos entre vinhos e melodias,
Me encanta em ti, quando teus sonhos adormecem em meu peito, descansam e renascem comigo a cada novo amanhecer. Me encanta em ti...

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Exílio

Quando triste estou, neste excesso da ausência de quem amo
Neste excesso da ausência de mim em minha vida
Faço da melancolia moradia
Habito neste sombrio interior
Me despeço de tudo que aqui dentro não esta
Torno - me, eu
Exílio de mim mesmo.



segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Amor a distância

Amor a distância;

é para mim o desencontro de caminhos que só pensam em se encontrar
é para mim a distância inexprimível de apenas querer ir
é para mim o tempo aliado da angustia que atormenta meu viver
é para mim este indivisível espaço do que não posso sentir
é para mim tua ausência esta indesejável possibilidade de nada dizer
Amor a distância;
é para mim uma menina de cabelos cacheados

 jogando pedrinhas na minha janela, me chamado para amar.

sábado, 19 de outubro de 2013

AO MESTRE COM CARINHO:

Ah, Poetinha
Se soubeste o quanto trago de ti em mim...
Ah Poetinha que encanta com teu canto e com teus versos
esta pátria feinha, pobrezinha, patriazinha não tão gentil.
Levarei comigo em minha anônima eternidade o teu som, a tua luz,
tua palavra, que fez da união do riso e da dor, a riqueza da vida, de quem sofreu, de quem amou, de quem sentiu, de quem viveu.
Ah Poetinha que saudade sinto do riso das minhas primeiras namoradinhas.
As minhas namoradinhas do meu tempo de guri....dos sabores e dos sonhos que sentia daquelas  longas tardes sem fim,
saudade das tantas vezes, que em meus braços elas tiveram, o pecado e o perdão....
Ah Poetinha, acordaste em mim com uma exatidão única de querer bem,
de se querer viver, de querer saber por onde anda  seus olhos que agente não vê.
De te querer em cada vão momento , e espalhar de canto, e  rir teu riso, e derramar o meu pranto...
Ah Poetinha de ti herdei esta capacidade de ternura, esta intima vontade de viver...este amor pela palavra escrita, de quem sofre de melancolia
sonhando o poeta que
quem sabe um dia
poderia ser....

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Gosto mesmo das mulheres sem muitos detalhes pensados, sem muitas alegorias,
gosto da mulher simples, ela em seu estágio cru, ela sem componentes.
Apenas seus gestos e seus mistérios.
A quente fumaça que seca as lágrimas da angustia,
sustenta o vício fiel de todo instante,
espanta o tempo que inspira morte e aspira vida.
Para consertar minhas imperfeições,
precisaria eu voltar no futuro,
reinventar meu presente passado,
escrever a utopia de ser a lucidez,
que flutua em minha insanidade.